PE registra 1.349 casos por picada de escorpião em 2018

Responsive image

Todo atendimento no centro é feito via 0800.722.6001 pela equipe multiprofissional, que orienta a conduta a ser adotada de acordo com cada situação. Do total de ocorrências em 2018, 43% foram relacionadas a acidentes com animais peçonhentos e venenosos. Ao todo, foram 2.028 casos, a maioria envolvendo escorpiões (1.349) e serpentes (493). "No Ceatox, orientamos o que fazer em caso de picadas ou acidentes com serpentes peçonhentas e qual unidade de saúde procurar para que seja aplicado o soro antiofí­dico. Quanto mais rápida a assistência for dada, menor o risco de sequelas e hábitos", diz a coordenadora do Ceatox, Lucineide ¡ o soro contra picada de escorpião é indicado apenas nos casos moderados e graves que podem acontecer em crianças de até 12 anos com risco de morte. Para os demais, a indicação é ir até uma unidade de saúde para tratar a dor local. "Existem muitos mitos do que fazer em caso de acidente com animais peçonhentos. Mas o indicado é lavar a área com água e sabão e procurar uma unidade de saúde. A central telefônica do Ceatox também estão a disposição para tirar as dúvidas e dar o suporte necessário", frisa Lucineide. Além dos acidentes com animais peçonhentos, destacam-se as intoxicações envolvendo medicamentos, que totalizaram 1.292 ocorrências em 2018. A principal preocupação do Ceatox é com os casos envolvendo crianças. "Os pais ou responsáveis precisam ficar atentos ao armazenamento que muitas vezes são coloridos e podem ser confundidos por alguma guloseima. É importante que os medicamentos de uso contí­nuo sejam guardados em armários altos e com chave. Também é preciso sempre averiguar a data de validade, para fazer o descarte correto sempre que necessário", reforça a coordenadora do Centro. Ainda são preciso alertar para a medicação sem orientação médica ou com o uso da dosagem errada, o que pode prejudicar ainda mais o quadro cônico. O Ceatox também lembra a gravidade dos casos envolvendo o agrotóxico agrí­cola popularmente conhecido como "chumbinho" e vendido erroneamente como raticida. Por ser um produto comercializado criminosamente e clandestinamente, não se sabe exatamente sua composição, o que dificulta na hora da assistência. Basta contato com a pele ou respiração para que ocorra a intoxicação, agravada quando há ingestão. "O chumbinho pode causar problemas no sistema nervoso, respiração, cardiovascular, digestivo, matando em poucas horas. Orientamos que ninguém compre o produto, além de denunciar aos órgãos competentes a venda", avisa Lucineide. Em 2018, o Ceatox atendeu 313 ocorrências relacionadas ao chumbinho.

Como evitar acidentes com animais peçonhentos:

  • No amanhecer e no entardecer, evitar a aproximação da vegetação muito próxima ao chão, gramados ou até mesmo jardins, pois são nesse momento que serpentes estão em maior atividade;
  • Não mexer em colmeias e vespeiros. Caso estejam em áreas de risco de acidente, contatar a autoridade local competente para a remoção;
  • Inspecionar calçados, roupas, toalhas de banho e de rosto, roupas de cama, panos de chão e tapetes antes de usá-los;
  • Afastar camas e berços das paredes e evitar pendurar roupas fora de armários;
  • Não depositar ou acumular lixo, entulho e materiais de construção junto às habitações;
  • Evitar que plantas trepadeiras se encostem às casas e que folhagens entrem pelo telhado ou pelo forro;
  • Não montar acampamento próximo a áreas onde normalmente são¡ roedores (plantações, pastos ou matos) e, por conseguinte, maior número de serpentes;
  • Evitar piquenique às margens de rios, lagos ou lagoas, e não encostar-se a barrancos durante pescarias ou outras atividades;
  • Limpar regularmente móveis, cortinas, quadros, cantos de parede e terrenos baldios (sempre com uso de EPI);
  • Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forro;
  • Utilizar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos;
  • Manter limpos os locais próximos das residências, jardins, quintais, paióis e celeiros;
  • Controlar roedores existentes na área e combater insetos, principalmente baratas (são alimentos para escorpiões e aranhas);
  • Caso encontre um animal peçonhento, afaste-se com cuidado e evite assustá-lo ou tocá-lo, mesmo que pareça morto, e procure a autoridade de são de local para orientações.

O que fazer em caso de acidente:

  • Procure atendimento médico imediatamente;
  • Informe ao profissional de são de o máximo possí­vel de caracterí­sticas do animal, como: tipo de animal, cor, tamanho, entre outras;
  • Se possí­vel, não atrase a ida do paciente ao atendimento médico, lave o local da picada com água e sabão (exceto em acidentes por águas-vivas ou caravelas), mantenha a ví­tima em repouso e com o membro acometido elevado até a chegada ao pronto socorro;
  • Em acidentes nas extremidades do corpo, como braços, mãos, pernas e pés ligue qualquer tipo de substancia (pó de café, álcool, entre outros) no local da picada;
  • Especificamente em casos de acidentes com Águas-vivas e caravelas, primeiramente, para alívio da dor inicial, use compressas geladas de Água do mar. A remoção dos tentáculos aderidos à pele deve ser realizada de forma cuidadosa, preferencialmente com uso de pinça ou lâmina. Procure assistência médica para avaliação clinica do envenenamento e, se necessário, realização de tratamento complementar;
  • Não tente "chupar o veneno", essa ação apenas aumenta as chances de infecção local.